terça-feira, 23 de junho de 2009
ensaio sobre o .indivíduo.pós.moderno.
domingo, 21 de junho de 2009
Básico e chique
Responsável por reabilitar a camisaria masculina para o guarda-roupa das it-girls, Steven Alan é o rei da moda básica de Nova York
Nova York pode ter perdido para Londres o posto de cidade que dita quais tendências das passarelas vão fazer sucesso nas ruas, mas isso não significa que a moda para o dia-a-dia made in USA esteja na UTI. Bem longe das departments stores do Upper East Side que oferecem os best-sellers óbvios da estação, pequenas multimarcas do SoHo, do Brooklyn e de Nolita mostram que nem toda roupa que cria desejo de consumo na intelligentzia fashion precisa ter aval das passarelas de Nova York, Londres, Paris e Milão.
Responsável por apontar quais marcas do underground nova-iorquino estão prontas para submergir ao mainstream fashion, Steven Alan é também o homem por trás da grife que reabilitou a camisaria clássica masculina para o armário feminino, conquistando it-girls como Mary Kate Olsen, além de fashionistas que gostam de peças que não trazem o DNA explicitamente exposto. As mais de mil camisas que Alan fabrica semanalmente estão disponíveis em quatro modelagens e em mais de 75 padrões, todos criado pelo próprio estilista, com muitas opções de listra e xadrez. As camisas passam ainda por um processo de lavagem que dá a cara oldie, marca registrada e principal charme da grife.
Apesar de pouco conhecido no Brasil, só
Formado pela mesma escola de artes em que estudaram Marc Jacobs e Calvin Klein, Alan não é só um estilista cool adorado pelos antenados de Manhattan. Ele passa seus dias num loft em TriBeCa, a flagship store que funciona também como showroom, onde você encontra, além das tradicionais camisas, peças de marcas que daqui a pouquinho vão dar o que falar. No momento ele tem em seu portfolio 15 designers da novíssima geração, entre eles dois ex-funcionários, Celeste Wright e Alec Stuart, que abriram a Stuart&Wright, butique hip-chic do Brooklyn. E como Steven escolhe quem merece espaço em suas araras? “O pessoal passa aqui, me mostra ... se eu gostar, compro; senão, vou acompanhando”. Parece difícil acreditar que, numa cidade tomada pelas grifes mais poderosas da industria da moda, um cara que faz camisas “velhinhas” e as vende em lojas de bairro consiga roubar a atenção e criar um império paralelo. Mas basta andar pelas ruas de Manhattan com os olhos bem atentos para identificar em it-girls o estilo ditado por Alan – seja em sua grife própria, seja nas marcas que ele lança no mercado. E qual o segredo do hype? “Não gosto de megaproduções nem de desfiles. Mas uso a minha possibilidade para criar uma roupa que é sexy, mas de maneira inesperada, uma coisa bem dawntown New York. As mulheres parecem gostar disso.”
¬ Steven Alan, mestre em revelar novos talentos de Nova York
Não deixem de conferir a postagem do Butique lá no Affair
sexta-feira, 19 de junho de 2009
Laptopcase confortável
quinta-feira, 18 de junho de 2009
Duchamp Reloaded
sábado, 13 de junho de 2009
Emoticons no teclado
French chic para muitos;
As ruas de Paris indicam que o hi-lo descobre novas possibilidades, muito além do mix luxo versus fast-fashion
¬ Emanuelle Alt nas ruas de Paris: musa do novo hi-lo
Nada melhor do que a temporada de desfiles na Europa para refinar o olhar e perceber o que há de mais novo na moda. Por vocação, as passarelas antecipam o futuro, com desejos que às vezes ainda não imaginamos. Mas hoje são as ruas – de Londres, Paris e Milão -, invadidas por um público que dá a maior bandeira de estar ligado à moda, o melhor laboratório para entender qual tom mais cool do momento.
Esse universo, que gravita em torno dos desfiles, multiplica depoimentos fashion, de toscos a chiques. Suspeito que, em plena era das celebridades, seja a síndrome do “tomara que me fotografem”. Se ontem eram só as relativamente obscuras revistas de street style japonesas que diligentemente documentavam cada look, hoje existem blogs supervisitados que editam o que julgam ser imagens mais marcantes, extravagantes ou excêntricas.
Reparei que as verdadeiras trend-setters – que podem vestir o que quiserem – estão mais discretas. Ninguém quer aparecer exibidinha nem anúncio de marca de luxo. Quando Emmanuelle Alt, supereditora da Vogue francesa, aparece de botas, jeans, biker jacquet e lenço palestino legítimo (em vez do de Balenciaga) ou com t-shirt marinheira da Sandro e fica sexy e bacanérrima, é hora de prestar atenção. O exercício cada vez mais sofisticado do hi-lo está voltando à cena e novas marcas estão aparecendo. Não são mais os grandes empórios de moda como H&M, Zara e Topshop que dão as cartas. São marcas, na maioria francesas, com pequenas lojas próprias nos endereços mais quentes de Paris ou com corners em grandes lojas como Galeries Lafayette, Bom Marché e Printemps. Originais, trendy, com preços razoáveis, dirigem-se a mulheres jovens de todas as idades. Revolucionando o mercado com novidades a cada semana, ocupando o espaço que fica entre as marcas de luxo e o mercadão fast-fashion.
Em Paris, as mais faladas são Sandro, Maje, Manoush, Isabel Marant Étoile, Zadig & Voltaire, ba&sh, Athé (segunda linha de Vanessa Bruno) e a Paule Ka, essa última do brasileiro Sergio Cajfinger. A maioria já existia antes da Zara, mas agora encontram ressonância por não serem “usinas de cópia” de marcas de luxo. Estão estimulando o revival do chic parisiense de rua, cool, sexy e sofisticadamente à vontade, feito de peças componíveis – com destaque para vestidos -, pensadas para serem personalizadas com acessórios e a atitude certa. Prova de que estilo não depende exclusivamente da carteira.
¬ Street Style: ruas de Londres, Paris e Milão
Não deixem de conferir a pastagem do Butique lá no Affair.
Um grande abraço e até semana que vem!