domingo, 21 de junho de 2009

Básico e chique

Responsável por reabilitar a camisaria masculina para o guarda-roupa das it-girls, Steven Alan é o rei da moda básica de Nova York

Nova York pode ter perdido para Londres o posto de cidade que dita quais tendências das passarelas vão fazer sucesso nas ruas, mas isso não significa que a moda para o dia-a-dia made in USA esteja na UTI. Bem longe das departments stores do Upper East Side que oferecem os best-sellers óbvios da estação, pequenas multimarcas do SoHo, do Brooklyn e de Nolita mostram que nem toda roupa que cria desejo de consumo na intelligentzia fashion precisa ter aval das passarelas de Nova York, Londres, Paris e Milão.

Responsável por apontar quais marcas do underground nova-iorquino estão prontas para submergir ao mainstream fashion, Steven Alan é também o homem por trás da grife que reabilitou a camisaria clássica masculina para o armário feminino, conquistando it-girls como Mary Kate Olsen, além de fashionistas que gostam de peças que não trazem o DNA explicitamente exposto. As mais de mil camisas que Alan fabrica semanalmente estão disponíveis em quatro modelagens e em mais de 75 padrões, todos criado pelo próprio estilista, com muitas opções de listra e xadrez. As camisas passam ainda por um processo de lavagem que dá a cara oldie, marca registrada e principal charme da grife.

Apesar de pouco conhecido no Brasil, só em Nova York Alan tem cinco lojas próprias, mais três na Califórnia e uma filial em Seul, na Coréia do Sul. Suas camisas com cara vintage também são vendidas em 370 lojas espalhadas pelo globo, incluindo aí departments stores como Barneys e Bergdorf Goodman.

Formado pela mesma escola de artes em que estudaram Marc Jacobs e Calvin Klein, Alan não é só um estilista cool adorado pelos antenados de Manhattan. Ele passa seus dias num loft em TriBeCa, a flagship store que funciona também como showroom, onde você encontra, além das tradicionais camisas, peças de marcas que daqui a pouquinho vão dar o que falar. No momento ele tem em seu portfolio 15 designers da novíssima geração, entre eles dois ex-funcionários, Celeste Wright e Alec Stuart, que abriram a Stuart&Wright, butique hip-chic do Brooklyn. E como Steven escolhe quem merece espaço em suas araras? “O pessoal passa aqui, me mostra ... se eu gostar, compro; senão, vou acompanhando”. Parece difícil acreditar que, numa cidade tomada pelas grifes mais poderosas da industria da moda, um cara que faz camisas “velhinhas” e as vende em lojas de bairro consiga roubar a atenção e criar um império paralelo. Mas basta andar pelas ruas de Manhattan com os olhos bem atentos para identificar em it-girls o estilo ditado por Alan – seja em sua grife própria, seja nas marcas que ele lança no mercado. E qual o segredo do hype? “Não gosto de megaproduções nem de desfiles. Mas uso a minha possibilidade para criar uma roupa que é sexy, mas de maneira inesperada, uma coisa bem dawntown New York. As mulheres parecem gostar disso.”
















¬ Steven Alan, mestre em revelar novos talentos de Nova York

Não deixem de conferir a postagem do Butique lá no Affair

Um grande abraço e até semana que vem!

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